5 COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE UM SONÂMBULO
A insônia é um problema que assola não só o Brasil, mas o mundo inteiro.
É considerada um dos maiores problemas do sono do século.
Mas existe um outro distúrbio, também associado ao sono, no qual pouco se fala e também afeta uma quantidade considerável de indivíduos, de crianças a adultos.
Estou falando de sonambulismo.
Sim, e por mais que se tenha poucas informações a respeito, somente quem possui um sonâmbulo na família sabe o que é sofrer de fato com o problema.
O sonambulismo é classificado como uma parassonia, ou seja, o transtorno que se caracteriza pela realização de atividades motoras sem a pessoa ter consciência plena do que está fazendo.
Os acontecimentos durante os episódios podem ser dos mais inusitados até os mais perigosos.
E, especialmente por ser mais comum durante a infância, na idade de 10 a 13 anos, pais e mães precisam ter cuidado redobrado.
Existem muitos mitos e verdades a respeito do sonambulismo e aqui vamos revelar a você o que é verdade ou mentira.
Falaremos sobre situações que sonâmbulos comumente costumam passar e que você, como parente, precisa saber justamente para prevenir acidentes perante esses acontecimentos.
Se você tem enfrentado esse problema, tem algum parente ou conhece algum amigo próximo que esteja vivenciando o sonambulismo, leia este artigo até o final.
Quando terminar, você estará apto a ajudá-lo em situações cotidianas.
Continue conosco e confira!
Sonambulismo: Conhecendo um sonâmbulo
Provavelmente você já ouviu muitas histórias sobre sonâmbulos e se você tem um em casa é bem provável que já tenha passado por situações dignas de filmes de terror.
Especialmente aqueles filmes onde a criança é “tomada pelo mau”.
Isso porque o sonambulismo afeta quase um quarto das crianças, é isso mesmo que você acabou de ler!
Seu filho pode ser um sonâmbulo e você não sabe.
Em contrapartida, apenas 3% dos adultos são afetados. Portanto, são poucos os homens e mulheres já amadurecidos que levantam no meio do sono e fazem atividades um tanto quanto “estranhas”.
Se você hoje é pai e ouviu histórias de parentes mais velhos falando que um dia você já foi um sonâmbulo, é preciso ficar atento ao seu filho, porque o distúrbio também pode ser passado através da genética.
Para evitar casos que podem extremamente perigosos, preparamos essas dicas para famílias que vêm enfrentando esse distúrbio do sono.
Afinal, um sonâmbulo pode chegar a extremos, mesmo inconsciente. E quando dizemos extremos, falamos de coisas como cometer machucar uma pessoa ou pular da janela de um prédio.
Veja agora algumas coisas que você precisa saber.
[1] Sonambulismo não é doença
Ao contrário do que muitos pensam, o sonambulismo, ou o fato de caminhar durante o sono, não é uma doença.
Segundo o Instituto Brasileiro do Sono, o sonâmbulo recebe como diagnóstico um distúrbio do sono, porém “benigno”, se é que dá para chamá-lo assim.
Eles vêem o sonambulismo como um tipo de parassonia que caracteriza-se como: “movimentos e/ou comportamentos que representam fenômenos físicos decorrentes da ativação do sistema nervoso central levando à queda da qualidade do sono”.
A parassonia, no entanto, inclui também outros distúrbios do sono, como despertar confuso, terror noturno, sonilóquio (falar durante o sono) e distúrbios do sono REM.
O sonambulismo é só mais um deles e pode ser agitado ou calmo, dependendo do indivíduo.
Justamente por não ser uma doença, o sonambulismo pode ser considerado algo “comum” no que tange a aspectos do sono de uma criança.
Isso porque nessa idade a criança está em fase de maturação cerebral.
Também pode ter mais a ver com um sintoma do que com uma doença, há tratamento, caso venha colocar em risco a saúde do sonâmbulo e das pessoas que com ele convivem.
Caso contrário, é uma fase que passa com a chegada da adolescência.
[2] Sonambulismo é completamente diferente de Paralisia do Sono
Sim, algumas pessoas fazem relação de um e de outro. Portanto, eis mais uma coisa que você precisa saber.
Sonambulismo não é e nem tem relação com a paralisia do sono.
Para os que desconhecem o termo, ou quem nem mesmo sabem o que é paralisia do sono, saiba que ela também é um distúrbio do sono e se refere à sensação de não poder se movimentar ao acordar.
A pessoa desperta do sono, porém não consegue falar ou mover e, normalmente sente um peso em cima do corpo.
São sintomas completamente diferentes dos que um sonâmbulo passa.
A única proximidade que esses dois distúrbios do sono têm é que ambos são muito comuns, ou seja, podem acontecer em um dia e podem nunca mais voltar.
Tudo irá depender de como cada indivíduo reage aos sintomas.
No entanto, é preciso ficar muito mais atento à paralisia do sono, pois ela pode ser originária de uma síndrome narcoléptica. Nesse caso, ela vem acompanhada de sonolência excessiva durante o dia.
É um tanto quanto rara, porém grave e necessita de tratamento.
A paralisia do sono, diferente do sonambulismo, acontece na fase REM (Rapid Eye Movement – “Movimento Rápido dos Olhos”) do sono. Basicamente, o cérebro acorda do estado REM mas o corpo continua paralisado.
Porém, se a pessoa se mantiver calma, após alguns segundos tudo retorna ao normal e ela recupera seus movimentos.
Não existe tratamento específico para a paralisia do sono. Uma simples mudança de hábitos e estilo de vida pode colaborar para melhorias.
[3] O sonâmbulo se manifesta em um horário específico do sono
Já ensinamos aqui que o sono passa por várias fases.
O sonâmbulo “desperta” geralmente na primeira metade da noite, na chamada fase de ondas lentas, e não no sono REM como mencionado no tópico anterior.
Uma curiosidade é que nessa fase do sonambulismo não há sonhos.
E, justamente por isso, o sonâmbulo não costuma lembrar de nada no dia seguinte.
Pois quando sonâmbulo, a pessoa realiza atividades motoras sem consciência total do que está fazendo.
Isso acontece porque uma parte de suas funções cerebrais está adormecida, já que a pessoa está no limiar entre o sono e a vigília.
Dessa forma ocorre a amnésia total ou parcial do ocorrido. E isso desvenda o mito de que o sonâmbulo está sonhando, quando na verdade não está.
Quando ele “desperta”, o que ele costuma realizar são práticas rotineiras, quase automáticas: levantar da cama, andar, caminhar até a cozinha, abrir a geladeira e comer.
Não se sabe o tempo exato que pode durar essa “crise” de sonambulismo, o que alguns médicos acreditam é que ela dure de segundos até meia hora.
Mas, porque é importante para você saber que o sonambulismo acontece em um horário específico?
Justamente para você se programar e acordar junto com o sonâmbulo, auxiliando-o em seu retorno ao sono tranquilo.
Sem acordá-lo, nem mesmo assustá-lo. Simplesmente conduzindo-o até seu dormitório.
Fazer isso evitará que ele se acidente enquanto estiver “vagando”.
[4] Cuidado: Sonâmbulos podem ser agressivos
Como falamos acima, o sonâmbulo, quando desperta, costuma realizar atividades que fazem parte de sua rotina comum:
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- Levantar da cama;
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- Andar pela casa;
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- Abrir o guarda-roupa e trocar de roupa;
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- Ir ao banheiro
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- Ir à cozinha para comer;
- Entre outras coisas.
No entanto, não se descarta a possibilidade de agressividade durante o sonambulismo.
Estou falando de socos, chutes, pontapés e gritos que podem inclusive gerar um assassinato.
Esses comportamentos violentos, podem sim acontecer da parte do sonâmbulo, seja contra si mesmo ou contra terceiros.
Sabe-se que a maioria das pessoas costuma ter comportamentos agressivos durante o sono, especialmente o público masculino.
Pacientes sonâmbulos violentos costumam apresentar características recorrentes em comum. São elas:
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- São homens;
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- Têm problemas familiares em sua origem;
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- Possuem histórico de abuso sexual;
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- Apresentam na escala de Hamilton (depressão) > 24;
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- Possuem histórico familiar de terror noturno ou o próprio sonambulismo;
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- Utilizam substâncias prejudiciais em excesso;
- Apresentam agenda do sono totalmente desorganizada.
Portanto, se você convive com uma pessoa que sofre de sonambulismo e apresenta algumas dessas características, fique atento!
Outro meio de identificação desse tipo de sonâmbulo violento é através do eletroencefalograma, exame que analisa a atividade elétrica do cérebro.
No registro polissonográfico desse exame, algumas atividades importantes são vistas nesse tipo de paciente, dentre elas: alta fragmentação do sono; taquicardia, fraca reatividade à luz e menor atividade cerebral no sono de ondas lentas.
Também é comum pacientes entre 18 e 58 anos, diagnosticados com sonambulismo primário, apresentarem episódios noturnos semanais de agressividade.
Deve-se ficar atento, pois esses episódios geralmente envolvem lesões do sonâmbulo com o parceiro de cama ou com ele mesmo.
Já ouviu-se falar de casos em que pacientes sofreram múltiplas fraturas e até mesmo traumatismo craniano ao pular da janela do alto de um prédio.
Se possível, não acorde essa pessoa. Pacientes sonâmbulos e violentos, por estarem na fase profunda do sono, quando acordados, obviamente ficam desorientados, logo reagem com agressividade.
Existem histórias trágicas envolvendo esse tipo de sonambulismo violento.
Em 2013, nos Estados Unidos, um pai matou acidentalmente o filho de 11 anos ao confundí-lo com um ladrão.
O garoto era sonâmbulo, ele levantou da cama e caminhou até o quintal da casa da família.
A mãe percebeu uma movimentação estranha na casa e chamou o marido, que atirou na criança devido a baixa visibilidade.
Este caso é verídico e nos deixa um alerta: sonambulismo é sério e precisa ser tratado como tal.
Claro, esses eventos são raros, mas não descartáveis e podem acontecer com qualquer família que tenha um sonâmbulo com essas características.
Para este caso, sim, é preciso levá-lo a um médico especialista e tratá-lo com medicamentos, se necessário.
[5] Existe cura para o sonâmbulo
Como já citamos, a cura para o sonâmbulo infantil chega junto da fase da adolescência.
Afinal, esse tipo de sonambulismo está associado à maturação dos mecanismos do sono.
Mesmo assim é bom procurar um especialista para fazer o diagnóstico correto.
O médico realizará uma bateria de exames e através deles descobrirá o que está ocasionando o sonambulismo.
Em adultos, mesmo sendo incomum, pode acontecer. Neste caso, é preciso verificar a rotina e os hábitos deste indivíduo.
Se uma mudança de hábitos não resolver, é necessário ir mais fundo para descobrir a causa e possivelmente iniciar um tratamento médico à base de medicamentos.
Tendo em vista o tipo de parassonia, está também relacionada ao estresse e problemas emocionais. A resolução do sonambulismo muitas vezes pode estar atrelada ao desaparecimento desses outros fatores.
Estes podem ser desde depressão até falta de higiene do sono.
Para resolver este último, uma dica importante é evitar eletrônicos antes de dormir.
Vivemos em um momento onde dispositivos eletrônicos e seres humanos possuem uma relação quase que simbiótica, o que é altamente prejudicial à qualidade do sono.
Se você busca um sono tranquilo e reparador, precisa se acostumar a se desconectar dos aparelhos próximos à hora de dormir. Não leve celulares, tablets ou notebooks para a cama.
Faça hoje mesmo um teste e você perceberá a diferença!
Agora que você já sabe como lidar com um sonâmbulo por que não experimenta melhorar a qualidade do seu sono para prevení-lo?
O problema do distúrbio do sono não é exclusivo para quem sofre de sonambulismo; pessoas com tendência a dormir pouco podem desenvolver insônia em algum momento.
A insônia sim é um dos piores distúrbios do sono conhecidos. E, acredite, muitas pessoas nem mesmo sabem o que é insônia, mas vivenciam seus sintomas há anos.
E, dessa forma, noites e mais noites de um bom descanso são perdidas.
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